Tendências emergentes pós pandemia

O novo normal trouxe-nos novas formas de estar que se assumem já como tendências.
  • As novas tendências

O “novo normal” em que vivemos trouxe-nos novas rotinas, tendências, formas de estar e de pensar. Certamente que o contexto económico e social em que nos inserimos sairá muito diferente desta pandemia.

  • Trabalho Remoto

Em Março e Abril do ano passado, cerca de metade da população activa trabalhou a partir de casa, o que representa cerca de 25% da população do país.

Foi necessário reagir num curto espaço de tempo, garantindo a segurança, por um lado, e a continuidade de negócio, por outro. A gestão e comunicação passaram a ser feitas de forma distinta e se antes de Fevereiro 2020 o teletrabalho era uma ideia longínqua, no pós pandemia tem vindo a assumir-se como parte da solução. Por outro lado, verifica-se uma alteração substancial nos fluxos populacionais. A cidade descentralizou, ao mesmo tempo que as áreas habitacionais ganham expressão e dinamismo.

  • Comércio Local

Os hábitos de consumo mudaram e tudo aponta para que a generalizada maioria da população continue a consumir no comércio de proximidade, privilegiando a produção local. O sentimento de pertença à comunidade de proximidade solidificou-se e com ele, o pequeno comércio terá a oportunidade de renascer.

  • Juntos mas separados

É possível que volte a existir a necessidade de períodos de isolamento face a novos picos da pandemia. Apesar de generalizado o sentimento de união no combate ao inimigo invisível, a verdade é que estamos fisicamente mais distantes, quer pelas limitações de circulação, quer pelo receio do contágio iminente. O comportamento social terá inevitavelmente de se reajustar e, com isso, as marcas e a oferta de produtos e serviços também.

  • Preocupação com a limpeza

Quando falamos em top 3 de venda de produtos em tempo de pandemia, os estudos são consensuais. Enlatados, produtos de limpeza e desinfectantes de mãos são líderes. Depois da exigência em termos de saúde pública, é expectável que os consumidores estejam mais sensíveis e despertos para o tema. A tendência “wellness environment” que pressupõe a criação de condições que contribuam para a diminuição da percepção de risco e sensação de conforto ganha cada vez maior relevância. Os pontos de venda e espaços públicos deverão ser repensados, transmitindo confiança e segurança aos seus utilizadores.

  • Inimigos invisíveis

Fomos confrontados com um inimigo sem rosto que nos obrigou a mudar repentinamente. O sentimento de insegurança e ameaça passaram a fazer parte do dia-a-dia e com eles um aumento de problemas ao nível da saúde mental e emocional. A necessidade de ajuda aumentou e com isso, as necessidades de resposta em conformidade também.

  • Insatisfação nas camadas jovens

A geração Z (1990-2010) é a menos optimista em relação ao impacto da pandemia. Com a recessão económica patente, receiam a entrada no mercado de trabalho. Porém, é expectável que dada a experiência recente, o mercado se torne mais receptivo às novas tecnologias e formas de gestão. Com o crescimento do teletrabalho, serão as gerações mais digitais a estar mais bem preparadas para dar resposta às necessidades actuais.

  • Mais consciência e reflexão

Nota-se um efeito de aceleração na inteligência emocional da comunidade, organizações e marcas, aumentando a empatia pelo próximo.

Os perfis comportamentais tendem a mudar, dando espaço à reflexão e ganho de consciência generalizados. Temas como a sustentabilidade e segurança ganham agora muito mais relevo.

  • Ausência de presença

Esta “nova realidade” empurrou a sociedade para dentro das suas casas, demonstrando que é possível, no mesmo espaço físico, desenvolver o ambiente profissional, pessoal,  lúdico, cultural, desportivo, mas à distância. O pressuposto é o “presence free living”, isto é, não é necessária a presença física para usufruir de todo o tipo de experiências. As empresas e organizações são por isso chamadas a um processo de aceleração da transformação digital que ofereça soluções à distância em conformidade com o novo padrão.

  • O que é nacional é bom

O receio associado à globalização e ao contacto com outros países, fruto do medo de contágio, irá enaltecer o sentimento de pertença e orgulho nacional. O interesse pela oferta local e pelo país tenderá a crescer. Reflectir-se-á não apenas na maior procura da produção nacional como, por exemplo, ao nível da procura de turismo interno.

  • Shopsteaming

Esta tendência global (shopping + livestream) relaciona o e-commerce ao social media e entretenimento. O comercio electrónico funde-se, cada vez mais, com as transmissões em directo numa nova realidade de compras online. Mais interactivas, experimentais em tempo real, o que obrigará as marcas a evoluir rapidamente para se posicionarem na vanguarda.

  • O mundo virtual

O mundo das experiências já era algo privilegiado, mas estamos agora na era onde o virtual supera todas as expectativas. Actualmente é possível assistir a um concerto, um jogo de futebol, visitar uma exposição ou museu sem sair de casa. As experiências virtuais estão cada vez mais em voga.

  • Mais digital e para todos

O comércio online teve e continua a ter um crescimento exponencial. O acesso à internet passou a ser tão essencial como o abastecimento de água ou luz. Este fenómeno irá acelerar a transformação digital da sociedade global, com repercussões ao nível do trabalho, ensino, comércio e serviços.

  • O crescimento do e-commerce

O confinamento veio acentuar a necessidade de realizar todo o tipo de acções a partir de casa. As de consumo não são excepção. As soluções de e-commerce e home delivery multiplicam-se. Novas parcerias, formatos e até de novos players são emergentes.

  • Reinvenção transversal

Os sectores de actividade tiveram de se readaptar à realidade, assistindo-se a uma reinvenção das indústrias. A capacidade de operar em diferentes áreas, muitas vezes fora do core principal é uma tendência crescente.

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